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12/08/2021

Milhares de manuais escolares expiram em setembro. Escolas pedem plano de envio para os PALOP

 Os livros agora retirados, por terem atingido os seis anos de vigência, são os manuais de Ciências Naturais, Físico-Química, História e Inglês do sétimo ano, e Biologia e Geologia do décimo ano.


AAssociação Nacional dos Dirigentes Escolares (ANDE) desafiou o Ministério da Educação a lançar um plano nacional para recolher os milhares de manuais em fim de validade e que deixam de ser utilizados.

O prazo de validade termina já no próximo mês para dezenas de milhares de livros. Como as escolas não têm capacidade para os aceitar, Manuel Pereira, presidente da Associação dos Dirigentes Escolares, em declarações ao jornal Público, exortou o Ministério da Educação a lançar um plano nacional de recolha de manuais não reutilizáveis, com o objetivo de os enviar para locais onde possam ser úteis, tais como os PALOP.

O presidente da Associação dos Dirigentes Escolares considera que seria "criminoso" desaproveitar os livros. Na perspetiva de Manuel Pereira, a recolha e envio de manuais para países que os possam utilizar é um trabalho "cívico" que o Ministério da Educação poderia assumir, ao contrário das escolas, que não têm meios para o fazer.

Em causa estão livros que atingiram os seis anos de vigência, de disciplinas como Ciências Naturais, Físico-Química, História e Inglês do sétimo ano, e Biologia e Geologia do décimo ano.

Noutro plano, Manuel Pereira referiu-se aos computadores entregues aos alunos do quarto, nono e décimo segundo anos, dizendo que até ao momento o Ministério da Educação não se manifestou, perante um trabalho que tem sido muito exigente. Isto porque a avaliação do estado dos computadores tem sido feita pelos assistentes operacionais, já que, na maioria dos casos, não há técnicos especializados.

A ANDE considera que as escolas não têm capacidade para armazenar milhares de manuais escolares em fim de validade que são devolvidos pelos alunos e o presidente da instituição lança um desafio ao Ministério da Educação.

"Valia a pena que o Ministério da Educação fizesse a recolha desses manuais, que são centenas de milhares a nível nacional, e os pudesse fazer chegar a quem ainda pudessem ser úteis", diz Manuel Pereira. Na opinião os Países de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) poderiam ser uma alternativa, "povos em que o acesso aos livros e manuais não é tão fácil "e acredita que " muitos dos programas curriculares também são trabalhados nesses países".

O presidente da ANDE considera que mais de metade dos manuais escolares é devolvida em bom estado.

"As escolas são sempre o reflexo das comunidades em que estão inseridas", afirma. Contudo ressalva que" há comunidade economicamente instáveis, disfuncionais, em que os alunos fazem dezenas de quilómetros em transportes públicos e naturalmente há maior desgaste dos manuais".

As escolas afirmam ter igualmente problemas com os computadores devolvidos no final do ano que têm de ser todos verificados para serem atribuídos no próximo ano letivo a novos estudantes. Queixam-se de não ter pessoal especializado em número suficiente para o fazer.


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