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15/06/2019

Envelhecimento dos Professores

A OPORTUNIDADE PERDIDA POR ESTE GOVERNO.


Que podia aproveitar o modo de recuperar o tempo de serviço para rejuvenescer a Carreira Docente.

Na União Europeia a 28
Utilizando a informação estatística da OCDE (relatórios PISA) e da Comissão Europeia (documentos Eurydice) Portugal é o segundo país (superado à justa pela Itália) da União Europeia - recorde-se com 28 países - com o corpo docente mais envelhecido e, também o segundo país (apenas suplantado pela Grécia) em que há menos docentes com idade inferior a 30 anos.

No Portugal dos cerca de cem mil docentes
Utilizando a informação divulgada pelo Ministério da Educação (ME) através do portal da DGEEC (Direcção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência) referentes ao ano de 2017, em 125 493 docentes a exercer funções na Escola Pública, apenas existiam 424 docentes (0.39 por cento) com menos de 30 anos. Entretanto, o ME informou que, relativamente a março de 2018, o número diminuiu para 121! A evolução demográfica, global ou profissional, é um processo contínuo. Como é óbvio, a cada ano todos estão um ano mais velhos e não havendo entrada de jovens, ou seja rejuvenescimento, é inevitável que serão cada vez menos os jovens na "Docência da Escola Pública". Isto terá efeitos gravíssimos na qualidade do Ensino Público (os docentes terão habilitações precárias, ou seja, será professor quem se quiser sujeitar a uma profissão desestruturada) e até assegurar a existência física de docentes em algumas turmas durante os anos letivos vai ser problemático.

Ninguém parece querer saber deste assunto (a não ser o SINAPE e alguns sindicatos)
O Governo ignora a realidade que conhece.
O Ministério da Educação é incapaz de impor soluções e coordenar medidas para resolver este grave problema.
Os media/comunicação social preocupam-se mais em enaltecer táticas políticas que em cumprir o seu papel que é o de informar a Opinião Pública daquilo que a espera num Futuro Próximo.
Portugal, ou seja, os portugueses que vão necessitar da Escola Pública para os seus filhos e netos, vão pagar "com juros" esta falta de soluções políticas e (des)informação mediática.

Tendo por base a informação existente na DGEEC é possível fazer projeções para 2020 por grau de ensino e classe etária dos Docentes. Dois mil e vinte é já "amanhã"! E vai sempre agravar-se no sentido de aumentarem as percentagens acima de 60 anos e diminuírem abaixo dos 40 anos de idade.



Apenas três por cento dos Educadores de Infância terão 30 ou menos anos de idade. E serão mais de metade (55 por cento) os educadores com 50 ou mais anos. Estabelecimentos de ensino pré-escolar com jovens até aos seis anos e depois as idades continuam...  cinquenta anos... depois. Uma situação que só vista em gráfico pois contada ninguém acreditará. A média de idades em 2017, referentes aos dados da DGEEC, é de 50 anos. 



No «Primeiro Ciclo» metade dos docentes terão 40 ou mais anos e apenas seis por cento, 30 ou menos anos. O antigo «Ensino Primário» é um viveiro de disfunções etárias inaceitáveis (docentes com idade dos avós). Inaceitáveis porque primárias! A média de idades em 2017, referentes aos dados da DGEEC, é de 47 anos. 





Docentes jovens (com 30 anos ou menos) é praticamente uma inexistência, com um por cento! Com 50 ou mais anos os docentes são mais de metade (55 por cento). O Governo/ME está a transformar a Escola Pública em Pré-lares da Terceira Idade. A média de idades em 2017, referentes aos dados da DGEEC, é de 50 anos. 



No «Terceiro Ciclo e Secundário» a percentagem de docentes com 30 ou menos anos é tão ínfima que não tendo expressão gráfica nos sectogramas opta-se pela classe de 40 ou menos anos, com seis por cento. Com 50 ou mais anos são 45 por cento. É mais fácil encontrar uma agulha num palheiro que cruzarmo-nos, numa Escola Pública, com um docente jovem a lecionar nos últimos anos de escolaridade. A média de idades em 2017, referentes aos dados da DGEEC, é de 49 anos. 

E em 2026?

Sem rejuvenescimento (como se prevê) será a  Ruptura Total 

O Governo de então será obrigado a fazer a "mal" o que o atual Governo não quis fazer a "bem".

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