Os estabelecimentos de ensino privado lideram essas classificações e nem sempre são as mesmas escolas. Incerteza é que lugar ocupa o primeiro estabelecimento de ensino público. Ficará entre o 21.º e o 30.º lugar ou entre o 31.º e o 40.º lugar?
Este ano foi assim (clicar). As duas escolas públicas melhor classificadas estão na segunda página, em 37.º e 39.º lugar.
As classificações obedecem a critérios específicos, por isso, dependendo da prioridade dada aos critérios há diferenças, mas são apenas de pormenor. O essencial é que o Ensino Público ocupa posições secundárias. Porquê?
É que já houve tempos e tempos (pois durou quase um século) em que o Ensino Público equiparava-se ao que de melhor oferecia o Ensino Privado, geralmente ligado à Igreja Católica.
Isso deixou de ocorrer, degradando-se esta paridade, continuamente, porquê?
Certamente não foi pelo corpo docente. O Ensino Público até terá professores mais experientes e melhor habilitados, embora as generalizações sejam sempre redutoras.
O corpo de auxiliares educativos não é certamente inferior no Ensino Público.
Os responsáveis pelos ciclos, diretores de turma, coordenadores e outros cargos não são inferiores.
Os diretores e corpo dirigente dos estabelecimentos públicos não fica, em nada, na globalidade, a dever a quem dirige colégios e externatos.
Então o que faz com que haja tanta diferença?
INVESTIMENTO DAS ENTIDADES "PROPRIETÁRIAS". E TAMBÉM SENSIBILIDADE.
No Ensino Privado o investimento é assegurado pelos encarregados de educação dos alunos que preferem pagar (e bem) em vez de colocar os educandos em estabelecimentos públicos onde duvidam da tutela, ou seja, do Ministério da Educação. E têm razão para isso. Resultado? Efeito «bola de neve». Cada vez há menos alunos de classes socialmente e economicamente mais abastadas com consequências nefastas para o Ensino Público.
Um erro pois haver alunos de todas as classes sociais é já por si um bom início de aprendizagem para a vida. Perceber que só estudando alguém de uma classe mais baixa pode ascender socialmente. E para quem pertence a uma classe mais alta perceber que a realidade do Mundo é diferente do meio familiar onde vivem.
Esta diversidade está a perder-se por inteira responsabilidade da falta de sensibilidade do Ministério da Educação. E vai ter custos sociais - e de cidadania - elevados pois parecerão irreversíveis, embora nada seja irreversível a não ser a morte.
O SINAPE COM MAIS DE 81 ANOS DE SERVIÇO EM PROL DO DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO DOS JOVENS ESTÁ ATENTO E TUDO FAZ PARA QUE ESTA SITUAÇÃO NÃO SEJA ESQUECIDA ALERTANDO A TUTELA.
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