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25/06/2021

Governo começa a ouvir sindicatos sobre recrutamento de professores pelas escolas

 Ainda não será o início de um processo formal de negociação, mas o Ministério da Educação quer começar a recolher opiniões

Governo começa a ouvir sindicatos sobre recrutamento de professores pelas escolas
Ainda não será o início de um processo formal de negociação, mas o Ministério da Educação quer começar a recolher opiniões
O Governo vai começar a recolher as opiniões das forças sindicais afetas à educação sobre a possibilidade de as escolas poderem recrutar professores fora do concurso nacional. O PÚBLICO sabe que o tema começará a ser discutido nos encontros que o Ministério da Educação tem marcado na próxima semana com as estruturas sindicais. E apesar de este ser ainda um processo informal, é o primeiro passo que o ministério de Brandão Rodrigues dá para tratar um tema que estava já na agenda.
No mês passado o secretário de Estado da Educação João Costa reconheceu em entrevista ao PÚBLICO ser necessária “uma reflexão profunda sobre recrutamento de docentes e carreiras”, que permita que as escolas em contextos mais difíceis possam recrutar docentes fora do concurso nacional, que é “cego” às especificidades. E garantiu que queria lançar esse debate sobre recrutamento nesta legislatura.
Esta semana o tema voltou a estar em cima da mesa com o estudo do think tank Edulog: como se garante que as escolas têm os melhores docentes? A resposta da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas (Andaep) passa por “maior autonomia” das escolas para escolher quem ensina.
As escolas devem ter “maior autonomia” para contratar “pelo menos uma parte dos docentes” que estão ao seu serviço, entende o presidente da Andaep, Filinto Lima. “Por que temos de obedecer sempre à lista graduada nacional?”, questiona. Esta lista, da responsabilidade do Ministério da Educação, ordena os docentes segundo a sua graduação profissional, calculada com base no tempo de serviço e na classificação profissional. O sistema “muitas vezes, não deixa que os melhores professores cheguem às escolas”, acrescenta Lima.
O estudo “O impacto do professor nas aprendizagens dos alunos” foi conduzido por um grupo de investigadores da Nova SBE e do University College London para o think tank Edulog. O documento conclui, por exemplo, que “características dos professores disponíveis nos dados administrativos”, como a posição na carreira, a formação ou o tipo de contrato, “não estão correlacionadas de forma sistemática” com o Valor Acrescentado do Professor, a métrica desenvolvida neste estudo para medir o impacto dos docentes nos resultados dos alunos.
Com base nesta investigação, o Conselho Consultivo do Edulog fez um conjunto de recomendações, destacando-se a sugestão para que seja feita uma avaliação do “sistema de recrutamento de professores, colocação e progressão na carreira”.

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