EM DIA DE ANIVERSÁRIO.
Revisitar a história do mais antigo Sindicato da Educação.
1939-1974
Os sindicatos corporativos desempenharam o papel de mediadores entre o Poder Político e as corporações que cediam a força de trabalho para o desenvolvimento nacional. O «SINAPE» fez o que podia e devia ser feito, tendo como associados os trabalhadores do Ensino Particular. Apesar de pouca amplitude nas ações estes sindicatos serviram inúmeras vezes para evitar conflitos e criar um clima propício além de darem suporte jurídico - dentro das inúmeras limitações que o poder permitia - aos seus associados em caso de conflito e abuso de poder e confiança das direções de Colégios e Externatos. Não andava tudo de «cabeça baixa» como, muitas vezes, com demagogia, se quer fazer crer. Não havia liberdade de associação política, mas havia sindicatos que pugnavam pelos interesses laborais dos seus membros. Até porque os conflitos laborais - os funcionários públicos não podiam criar sindicatos - não eram com o Poder mas sim com as entidades empregadoras, que eram privadas. E algumas do «Reviralho» como colégios geridos por elementos anti-Estado Novo
1975
Com o 11 de março de 1975 e início do P.R.E.C. (Processo Revolucionário Em Curso) há uma tentativa de aniquilar o Ensino Particular. São os dirigentes do «SINAP» que não se deixando intimidar, expondo-se ao confronto, mesmo contra diretivas do próprio IV Governo Provisório não desistem mantendo-se firmes em cumprir o mandato para que tinham sido eleitos pelos associados, mesmo não podendo assumir-se como «Sindicato de Professores» por entretanto haver outro registo com este nome e existir unicidade sindical. Estes notáveis dirigentes do SINAPE não se acomodaram e venceram! Intrépidos! A História provou que tinham razão!
Fundação

1974
Com o 25 de abril de 1974 houve mudanças profundas no sindicalismo, por isso o «SINAPE» também participou nessas alterações que foram moldando a sociedade portuguesa contemporânea. Como é óbvio, sendo o «SINAP» constituído, até 1974, exclusivamente por trabalhadores do Ensino Particular, os seus associados sempre refletiram essa realidade na atividade e organização da instituição. Houve mudanças mas os associados a trabalhar em Colégios e Externatos sempre foram maioritários. E isso fez com que no «SINAP» as correntes minoritárias (listas derrotadas eleitoralmente) optassem por formar outras estruturas sindicais.
1978-1979
Com a luta entre a unicidade sindical (valorizada pela CGTP/Intersindical, criada em 1 de outubro de 1970) e a pluralidade sindical e direito de tendência, foi fundada a UGT - União Geral de Trabalhadores, plenamente organizada após eleição dos órgãos dirigentes, a partir do I Congresso, organizado no cinema Vale Formoso, na cidade do Porto, em 27 e 28 de janeiro de 1979. Foi o culminar de um processo que se iniciou no último semestre de 1978, por todo o País, com destaque para 28/29 de outubro, no cinema Lumiar, em Lisboa, com a presença de 43 sindicatos e três federações. Entre os sindicatos fundadores está o SINAPE.
A realização do III Congresso do SINAPE (ainda SINAP) em 21/22 de maio de 1988, há quase 35 anos, numa reportagem da RTP (clicar)
SINAPE - Um Sindicato com História
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