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30/07/2019

Alegoria do Professor

DESCRENÇA, FADIGA FÍSICA E EMOCIONAL, DESACREDITAR E EXAUSTÃO... 


Eis o Docente criado, em quatro anos - uma legislatura (2015/2019) - pela dupla António Costa/Mário Centeno.

Persistência
Os Docentes sempre souberam ser persistentes e consistentes. Conscientes de serem fundamentais na Sociedade Humana como garante de promoção dos alunos por meritocracia, mesmo admitindo não serem devidamente remunerados no final da carreira contributiva e profissional, em função da sua importância social, sujeitavam-se a baixas remunerações no início - tendo em conta que constituem uma das classes profissionais mais qualificadas - sabendo que as injustiças remuneratórias se iam esbatendo durante o tempo em que lecionavam.  


Motivação exemplar
Os Docentes sempre tiveram consciência e bom senso. Ao trabalharem com "matéria-prima sensível" - crianças, adolescentes e jovens adultos - nunca se podem desmotivar, pois "do outro lado a seu lado" estão seres humanos com necessidades específicas, em aprendizagem, exemplo e afetos, que são sempre, a cada início de aula, semana, período e ano letivo fator de motivação. Mesmo sentido-se injustiçados cumprem as suas funções com os meios - demasiadas vezes escassos de... mais - que têm ao seu dispor.

Nós sabemos
Os Docentes sabem que são utilizados. Sabem que pela idiossincrasia da sua profissão - ensinar, formar, dar cultura consistente e educar para a cidadania - são facilmente vítimas das entidades superiores que abusam dessas características intrínsecas da docência pois sabem que os professores nunca prejudicarão os alunos mesmo que estejam a ser vítimas de más políticas, decisões incorretas e tentativa de enfraquecimento do seu estatuto social por porte da tutela.

Um circuito montanha acima
Em quatro anos montaram uma carreira zizagueante, sem nexo, com probabilidades e possibilidades de saltar de nível, fazendo lembrar aqueles «jogos da Majora» (para os menos novos) em que se lançavam os dados e recolhiam de uma a seis pintas correspondentes a casas avançadas ou aqueles «jogos de computador» (para os menos idosos) em que se saltavam linhas conforme a destreza dos jogadores. Uma carreira estruturada, sujeita para progredir, a avaliações e até quotas para dois escalões (embora se minta à Opinião Pública e a tutela permita em vez de mostrar, com números, a avaliação que exige e bem). Uma carreira que passou a permitir que haja quem não avance, avance ao pé-coxinho enquanto o tempo passa e passa tão depressa que chega ao fim sem que o Docente tenha possibilidade de chegar ao topo. Uma carreira em que para andar 40 anos seriam necessários 120 anos, mas a esperança média de vida ainda não permite. Talvez lá para o próximo século, o XXII. Uma carreira que de horizontal como é a maior parte de Portugal passou a ser uma montanha lá para os Himalaias onde só alguns, sortudos, conseguem ter condições para subir. Já não é uma carreira, é uma escalada. Não sabe escalar? Vá aos ziguezagues montanha acima (e cuidado com os precipícios traiçoeiros). Quem está, está. Quem não está, estivesse! Só falta implementarem, com legislação, o labirinto que cozinham há anos!


Não queremos ser cobaias de ensaios programados entre Bruxelas/Estrasburgo para países periféricos da União Europeia.

Não contem com o SINAPE para fazer de conta! Que não vê, não ouve e cala!





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