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09/07/2021

Colégios privados cumpriram objetivos do ano apesar de interrupção

 

Os colégios privados conseguiram cumprir os objetivos de mais um ano letivo afetado pela pandemia de covid-19, mas lamentam a interrupção forçada em janeiro e pedem ao Governo que respeite a autonomia destas escolas no próximo ano.


O ano letivo terminou oficialmente na quinta-feira, com o último dia de aulas dos alunos mais novos, do pré-escolar, 1.º e 2.º ciclos, e hoje a associação que representa os colégios privados fez um balanço positivo de outro ano atípico.

"Apesar dos condicionamentos decorrentes do contexto pandémicos, as escolas privadas foram capazes de cumprir os seus objetivos letivos e pedagógicos", escreve a Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo (AEEP) em comunicado.

No entanto, a associação recordou a interrupção letiva forçada no final de janeiro, devido ao agravamento da situação epidemiológica em Portugal, lamentando que, na altura, o Governo não tenha permitido que os colégios continuassem a dar aulas 'online'.

Em 21 de janeiro, o primeiro-ministro anunciou que as atividades letivas seriam suspensas durante duas semanas, uma interrupção que seria compensada noutros períodos de férias e com mais dias de aulas no final do ano.

As escolas particulares tinham outros planos e pretendiam adaptar-se à nova contingência com aulas à distância, como aconteceu com a generalidade do ensino em março de 2020, mas dias mais tarde o ministro da Educação esclareceu que não havia exceções.

No entender da AEEP, reafirmou hoje a associação, a decisão da tutela foi uma "tentativa de limitar a liberdade de continuar a trabalhar 'online' com os alunos", que espera não se repetir no próximo ano caso a pandemia volte a impor o encerramento das escolas.

"Apelamos ao Governo para que, no próximo ano letivo, em caso de necessidade, respeite a autonomia das escolas privadas, evitando proibições letivas e ou a tentativa de impor um calendário escolar único", disse o presidente da direção nacional da AEEP, citado em comunicado.

Segundo Luís Virtuoso, as escolas têm planos de contingência e capacidade para lecionar à distância com recurso a meios digitais, evitando paragens como aquela que considerou "totalmente desnecessária" e "sem ganhos ou benefícios evidentes".

Esses planos, que os colégios já têm prontos para implementar no próximo ano, partem dos mesmos que, segundo a AEEP, lhes permitiram cumprir os objetivos para 2020/2021.

"Preparados há um ano, funcionaram com sucesso, permitindo que os programas curriculares fossem lecionados na íntegra e que as aprendizagens se tivessem efetuado sem perdas relevantes", relata a associação, sublinhando em particular a "gestão dinâmica da utilização de meios digitais".

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