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04/05/2019

Ultimato 2019

O PRIMEIRO MINISTRO VAI PASSAR A FAZER PARTE DO ANEDOTÁRIO NACIONAL.



Triste sina para quem vem com pompa e circunstância fazer um Ultimato qual monárquico absolutista aos deputados eleitos pelo Povo português.

Ao menos os bretões, em 1890, tiveram mais classe quando fizeram o Ultimatum a Portugal.

O primeiro-ministro devia saber alguns princípios de ética e moralidade que pelos vistos parece ter desaprendido ou esquecido pois certamente aprendeu na escola. A menos que fosse cábula o que nunca é de excluir!

1. O primeiro ministro (o Partido Socialista) não venceu as eleições em 2015;

2. A maioria dos portugueses não votaram nele, nem os que votaram nele o fizeram como governante. Votaram elegendo-o deputado. Por isso tem de respeitar a Assembleia da República que esta, sim, emana diretamente do voto popular;

3. O primeiro ministro (com o ministro das Finanças a dizer amén) dava(m) a entender que Portugal era um Paraíso (à custa da pobreza generalizada dos portugueses) e decidiu transformar o «Paraíso na Terra» numa «República das Bananas» tentando criar uma crise política quando já se avistam as eleições legislativas (6 de outubro de 2019);


4. O primeiro ministro quer ficar para último "fechando a porta" a uma decisão que vai repor a equidade entre a Carreira Docente e as restantes Carreiras Gerais da Função Pública, bem como entre os docentes de todo o País, pois nas Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores os Professores já têm consagrado nas suas carreiras todo o tempo contabilizado;

5. O primeiro ministro julga-se o Dono Disto Tudo tentando utilizar os Professores para os seus jogos políticos mesquinhos mas os Professores apenas estão interessados nos seus direitos laborais consagrados;

6. Os Professores jamais se deixarão instrumentalizar pelo senhor primeiro ministro nem serão servidos numa bandeja como a cabeça de São João Baptista na célebre passagem bíblica a pedido de Salomé;

7. O primeiro ministro bem pode ter cartilheiros e bobos de serviço nos media que de nada lhe vão valer pois os portugueses em 45 anos de democracia já são "maiores e vacinados" contra paus-mandados;

8. O primeiro ministro deve pensar que será sempre primeiro ministro com aquele ar paternal mal resolvido, uma espécie de "Padre Eterno", como lhe chamava Guerra Junqueiro;

9. O primeiro ministro terá que se sujeitar como "simples mortal" ao veredito dos portugueses, em 6 de outubro de 2019, e depois formará ou não governo. E será ele ou não a implementar o que foi decidido (e certamente será votado, em Plenário na Assembleia da República, até 15 de maio) a partir de 2020;

10. O senhor primeiro ministro é que tem de fazer autoavaliação e saber se sabe ou não governar a favor do bem comum. Se deve ou não concorrer às próximas eleições. Pelo que se tem visto, faz tanta falta a Portugal como a fome.

A propósito do Ultimato de 1890, El-rei D. Carlos tinha um irmão, o infante D. Afonso que era conhecido pelo «Arreda» pois sendo dos poucos portugueses com automóvel gritava para o Povo, "arreda, arreda" para o deixarem passar "à larga".



A propósito do Ultimato de 2019 é caso para voltar a dizer em Portugal:

- Arreda, arreda, vem aí o Costa!





  

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